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domingo, 19 de abril de 2020

Dia do Índio



Não romantize a figura do Índio. 

Ser índio é  uma luta diária pelo direito de Existir. 

Muitos deles já pereceram nesta batalha disparatada por um território que é seu por direito. 

Se você, de alguma maneira, se apropria da cultura e da religiosidade indígena em suas ritualísticas, esta batalha é sua também. Consagrar o chá já é uma forma de apropriação.

Honramos o Pai Tupã e a Mãe Tamain! 
Honramos os Encantados e os Povos Originários!
  
Estaremos juntos nesta batalha até que nenhuma gota de sangue mais seja derramada.



“Em cima do medo, coragem!”.
(Cacique Xikão, emboscado e assassinado em 1998 em meio a luta por demarcação de terras)

Na imagem: Mãe Zenilda, Cacique Xikão e Cacique Marquinhos, lideranças do Povo Xukuru do Ororubá.


quarta-feira, 8 de abril de 2020

GUARDEMOS COM OBEDIÊNCIA - SEXTA FEIRA SANTA EM TEMPOS DE CORONAVIRUS (COVID-19)


GUARDEMOS COM OBEDIÊNCIA





GUARDEMOS COM OBEDIÊNCIA! 

Irmãos, vamos conversar sobre isso um minutinho? 

Estamos em plena Semana Santa e ontem adentramos o período de abstinência desta liturgia.

O Mestre, mandado da Mãe Divina, entoou sabiamente este princípio em sua centésima quarta Flor. Veja:

“Três antes e três depois
Para afastar toda a doença”.

É curioso que, justo neste dia em que se deu início ao nosso jejum sacramental, no dia 07 de abril para ser mais exata, foi também celebrado o Dia Mundial da Saúde. Vocês sabiam disso? M – u – n d – i – a – l. Esta celebração é oriunda da data de criação da OMS (Organização Mundial da Saúde) no ano de 1948 e tem como finalidade conscientizar a população sobre todos os aspectos que envolvem a saúde de um indivíduo. Neste caso, saúde, segundo a OMS, não é um corpo desprovido de doença, é antes “um estado de completo bem estar físico, mental e social (...)”. 

O âmbito espiritual poderia complementar este conceito, contudo, não é da competência deste órgão compreender este plano. Mas é da nossa. O Mestre, quando fala em 3 antes e 3 depois para afastar doenças, está se referindo a saúde em todos estes aspectos, inclusive e principalmente no campo espiritual.

Bom, eis que alguns irmãos entraram em contato solicitando informações sobre a dieta dos três antes e três depois mencionada no hino e questionando também o seu sentido. 

A abstinência referida não trata-se apenas da abstenção de prazeres corpóreos por estímulo ou ingestão de determinados alimentos, álcool, etc. Trata-se também de uma abstenção de pensamentos e frequências negativas com o fim de desintoxicação e limpeza do corpo físico e astral. Esta abstinência está relacionada também ao nosso compadecimento aos terrores que viveu Jesus na cruz e glorificando o seu sacrifício por nós.

A Sexta-Feira Santa, ou Sexta-Feira da Paixão, demarca o dia em que nosso senhor Jesus Cristo demonstrou todo o seu amor pelos seus irmãos e sacrificou a própria vida em benefício de remir e salvar a todos, incondicionalmente. A nossa abstinência, neste sentido, não é nada mais, nada menos, do que o devido respeito e valor que devemos à sua memória, a memória divina. 
Nas palavras do próprio Mestre, Flor 104 do hinário Cruzeiro Universal: 

“Vou seguindo, vou seguindo
Os passos que Deus me dá
A minha memória divina
Eu tenho que apresentar”

Bom, é assim que a gente apresenta. O ato de abster-se de prazeres corpóreos durante estes dias simboliza apenas um singelo sacrifício de nossa parte em consideração à memória deste ato de amor tão sublime. Essas abstinências que fazemos são sacrifícios, não somente em reconhecimento ao sofrimento de Jesus, como também uma maneira prática de nos limparmos de sobrecargas orgânicas, mentais e energéticas a fim de estarmos altivos o bastante para conseguirmos acessar esta frequência de amor incondicional da Paixão de Cristo por toda a humanidade. Este é um estado de espírito saudável que resulta naturalmente no afastamento de doenças do corpo e também à cura. 

Neste ano, a Semana Santa está ocorrendo “coincidentemente" durante esta pandemia que está assolando o mundo de forma truculenta e avassaladora. E o que mais podemos ver se manifestando são as máximas de amor, caridade e sacrifício, ou seja, os cernes da Semana Santa.

Percebemos toda a sorte de sacrifícios acontecendo... Vemos estes sacrifícios por parte dos profissionais de saúde e de outras áreas que estão se expondo e perecendo pela vida de outros irmãos; vemos também por parte dos irmãos que estão se restringindo de sua própria liberdade em prol da vida dos mais vulneráveis, e, inclusive, por parte dos irmãos que abandonaram tudo para entregarem-se ao voluntariado. Em outras palavras: estamos testemunhando atos de sacrifício em ações onde a solidariedade impera sobre tudo e sobre todas as coisas! 

E não para por aí. O autocuidado, a caridade, a consciência familiar, alimentar, o amor ao próximo, tudo isto está se manifestando fortemente na vida de todos em todo o planeta. Estamos todos, de uma maneira ou outra, sintonizados na mesma frequência de solidariedade, entrega, autoconsciência, empatia, reconhecimento e amor incondicional que preconiza a Semana Santa. Nem todos com o mesmo grau de consciência, porém, todos conectados.

Estas atitudes são revigorantes para o planeta. Isto fica nítido nas transformações que podemos observar no ecossistema após o confinamento da população. Os mares estão azuis novamente, o céu está mais nítido. No entanto, não podemos deixar de pensar que foi necessário haver o adoecimento de um mundo, de uma nação, para que práticas tão simples e benéficas para o nosso corpo e alma fossem finalmente levadas a cabo. Já que muitos consideram árduo praticar estas ações no cotidiano, poderiam considerar efetivá-las minimamente durante o calendário litúrgico, já ocorreriam bons resultados...

Vimos por aí muitos discursos acusando o planeta de estar doente.. A frase nesta imagem faz alusão a isso.

Será mesmo que é só o planeta que está doente? Ou seríamos nós, suas células, que o estamos adoecendo? Este adoecimento não é um fenômeno atual, ele é progressivo, já vem de muuuuuuito tempo... Passamos tempo demais nos admoestando com pensamentos e atitudes insalubres contra nós próprios e, principalmente, contra a Mãe Terra. Tudo se resume a uma só palavra: DOENÇA

Este momento que estamos enfrentando talvez esteja a serviço de uma tomada de consciência universal e, se pudermos seguir pondo isso em prática quando essa fase passar - pelo menos durante o calendário litúrgico - estaremos fazendo um bem imenso a nós mesmos e a Terra. 

Gostaria de ver o mundo reverberando nesta frequência da Paixão de Cristo quando este momento encerrar.. Um mundo curado, sadio, reverberando na solidariedade, na empatia, no amor ao próximo...

No momento, o amor incondicional está prevalecendo no coração e atitudes de todos e manifestando o tom da Nova Era cada vez mais forte! Agora, mais do que nunca, é o momento de “seguir os passos que Deus nos dá”. Como seguir estes passos? É simples. Nos desintoxicando ao cuidar de nossa energia, de nossa alimentação, uns dos outros e ao elevar as nossas energias a Ele manifestando todo o nosso amor em todas as esferas! 

Irmãos, isso não só afasta doenças. Isso cura. 

Que todos nós tenhamos uma Semana Santa iluminada, plena de consciência e memória divina. 

Guardemos com obediência.



 Clique na imagem para ouvir o hino Sexta-feira Santa do Mestre IrineuC
Clique aqui ou na imagem para escutar o hino 

104 - Sexta- Feira Santa 

Sou filho, sou filho
Sou filho do Poder
A minha Mãe me trouxe aqui
Quem quiser venha aprender

Vou seguindo, vou seguindo
Os passos que Deus me dá
A minha memória divina
Eu tenho que apresentar

A minha Mãe que me ensina
Me diz tudo que eu quiser
Sou filho desta verdade
E meu Pai é São José

A Sexta-Feira Santa
Guardemos com obediência
Três antes e três depois
Para afastar toda a doença